“Achei que ia ter uns 200 mil votos. Fiquei com 22.198. Pelo menos, tive mais voto até que aquele Levy Fidelix para prefeito”, comparou o humorista sobre o candidato do PRTB que teve 19 mil votos.
Marquito não conseguiu repetir o fenômeno Tiririca, que se elegeu deputado federal em 2010 por São Paulo com a maior votação do país e ainda arrastou mais quatro políticos da legenda. Mas, pelo menos, foi o mais bem sucedido entre os chamados “candidatos folclóricos” em São Paulo.
Ficou atrás apenas de seu colega de programa, José Rogério Farhat (PR), o “advogado do Ratinho”, como se apresenta no nome de campanha. O Dr. Farhat, porém, ficou longe do posto de primeiro suplente.
Sobrinho do apresentador Raul Gil, Marquito superou o próprio primo Raul Gil Jr. (PSC), que teve pouco mais de 14.193 votos. E ficou bem acima do trio corintiano Marcelinho Carioca (PSB), Chico Lang (PTB) e Dinei (PDT).
“Foi muita adrenalina essa apuração. Confiei que ia conseguir os votos até o último momento. Mas Deus já me disse que vou ser vereador. E vou ser”, afirmou o humorista que é devoto da Igreja Mundial, do bispo Valdemiro Santiago.
Marquito tentou se lançar pelo PTN e pelo PHS antes de ser convencido pelo deputado estadual Campos Machado a se filiar ao PTB. O candidato televisivo utilizou três motos com bonecos com sua caricatura em carreatas e caminhadas pela cidade.
Mas se destacou mesmo por suas inserções no horário eleitoral na TV, imitando um office-boy acidentado e um aposentado. Nas últimas delas, o apresentador Ratinho apareceu para mostrar seu apoio ao colega.
Marquito votou por volta do meio-dia no colégio Albert Eistein, na Casa Verde. Muitos eleitores pediam autógrafos e fotos. “Não sabia que você era da Casa Verde, rapaz?”, se admirou uma senhora. “Você fez a maior baderna na avenida Braz Leme outro dia, menino”, reclamou uma moça na fila de sua seção.
Site para conferência da Ficha Limpa está desatualizado no TSE
O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantém a ferramenta divulgacand2012, com informações sobre todos os candidatos - como declarações de bens, certidões criminais e o quanto está sendo gasto na campanha -, com informações sobre as certidões criminais desatualizadas, apesar de o prazo para entrega de documentos ter sido encerrado em 5 de agosto. Muitos documentos tratam de outros assuntos e não se o candidato já respondeu a inquéritos ou ações judiciais por improbidade administrativa, assalto a mão armada ou homicídio. As informações são do jornal O Globo.
O usuário pode ser surpreendido, por exemplo, com a cópia de um histórico escolar da época em que o político frequentava o ensino fundamental, reprodução da declaração de renda ou documentos redigidos de próprio punho de que é alfabetizado. A Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro admite a desatualização e alega que as informações foram entregues no fim do prazo de 30 dias estipulado para o registro dos candidatos, mas reconhece que o sistema ainda precisa ser aperfeiçoado.
MP pede cassação da candidatura de Rosinha Garotinho
A Promotoria Eleitoral de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, entrou com uma representação contra a prefeita da cidade e candidata à reeleição, Rosinha Garotinho, e o vice-prefeito, Francisco Arthur Oliveira. O motivo foi a mudança na cor das estruturas que sustentam os sinais de trânsito das principais vias da cidade, pintados de rosa, em alusão ao apelido da prefeita.
Na ação, o Ministério Público pede a cassação do registro de candidatura de Rosinha e da diplomação, em caso de reeleição. Atualmente, a prefeita tem o registro indeferido por causa da Lei da Ficha Limpa, mas recorre da decisão. O MP notificou os candidatos para que providenciem a pintura das estruturas dos sinais de trânsito na cor original, sobrepondo a colocação rosa. A Promotoria pediu ainda a aplicação de multa.
De acordo com o MP, os sinais foram pintados entre os dias 21 e 24 de setembro. “A similitude das cores, independentemente do nome que se lhes queira dar, salta aos olhos e revela a utilização de bens públicos para a realização de propaganda eleitoral, ainda que disfarçada, dos dois primeiros representados. Até mesmo servidores da EMUT, bem como os seus equipamentos, foram utilizados para a consecução da malfadada pintura”, narra trecho da ação.
O MP destaca que a cor rosa é um dos principais signos da campanha de Rosinha e de seu vice. Entre os argumentos defendidos pela Promotoria está o fato de a pintura acontecer às vésperas da eleição e da mobilização denominada “Sábado Rosa”, que aconteceria no dia seguinte ao do início da pintura. Além disso, a promotoria afirma ainda que a Legislação de Trânsito Brasileira prevê que os elementos de sustentação devem ostentar cores neutras e foscas, o que excluiria o rosa. A Promotoria ressalta que a utilização de bens públicos para realização de propaganda eleitoral configura abuso de poder político e desequilibra a disputa eleitoral. (Veja)